Juventude merece a vitória e Imortal se afunda na crise, Tiago Nunes corre o risco.
Em primeiro lugar, a pessoa que escreve esse texto pede desculpas pela demora em escrever o texto. A madrugada estava fria, mas o que gelou mesmo foi o coração e a vontade de acreditar em algo melhor, então era impossível escrever ontem e não soltar impropérios contra esse momento.
Sobre a partida, a realidade é apenas uma: o pior gaúcho no campeonato é o Grêmio, enquanto que a melhor é o Juventude. O rival e Caxias do Sul vence o Imortal por 2 a 0 e sem forçar, tamanha a entregado tricolor.
Em partida no Alfredo Jaconi, na noite da última quarta-feira, a equipe de Porto Alegre não jogou nada. É bom abrir o olho e reagir, pois, a fase não está boa e talvez o recado que fique é de ser necessário uma troca urgente.
Paulinho Boia marcou logo o primeiro e foi no primeiro tempo, porque o que é ruim sempre pode piorar. Matheus Peixoto, que aproveitou o erro de Paulo Miranda, e marcou o segundo gol no rim, jogando a última pá de cal.
O lanterna da competição é o Grêmio e afundou a equipe na última posição, já o time de Caxias subiu no avião e está próximo do G-4. Pode até parecer algo irreal, mas atualmente a equipe de Caxias do Sul está dando exemplo.
Com esse resultado, o Juventude somou três pontos no G-4 e já tem 12 pontos, estando na sexta posição, ou seja, na zona de classificação para a Libertadores, enquanto que o Grêmio tem dois pontos e está na zona de rebaixamento.
O próximo jogo do Grêmio é na Arena, no domingo, contra o Athético-Go. Então, é a hora de reagir e superar as adversidades, porque não dá para uma equipe da envergadura do Grêmio na última posição, não é mesmo!?
Para essa partida, Tiago Nunes, que ainda é técnico do Grêmio, escalou a seguinte equipe: Gabriel Chapecó, Rafinha, Paulo Miranda, Pedro Geromel e Diogo Barbosa; Victor Bobsin, Matheus Henrique e Darlan; Douglas Costa, Ferreira e Diego Souza. Confira a partir desse momento tudo o que rolou na partida.
Primeiro tempo: Início enganoso, meio realista e fim devastador
O Grêmio partiu para cima no começo do jogo e foi com muita vontade, determinação e um ímpeto muito grande. Em poucos minutos, o ponta Douglas Costa “soltou a mamona” duas vezes e faltou força para incomodar.
O Juventude, entretanto, demorou para acordar, porém, acordou, e, quando isso aconteceu, passou a dominar o Grêmio. Wescley teve, de cara, duas belas oportunidades e faltou pouco para abrir o placar da partida.
Paulinho Boia, aos 27 minutos, abriu o placar e foi na base da persistência, porque houve duas rebatidas da defesa gremista. O atacante ficou com a sobra e acertou um chute no ângulo, abrindo o placar da partida.
Guilherme Castilho, depois de passe de Paulinho na área, e acabou perdendo essa oportunidade de fazer o gol. No primeiro tempo, a única chance que o Imortal teve foi com Matheus Henrique, mas o meia errou o último passe.
O recado que ficou foi que a equipe não fez por merecer a vitória, inclusive esse cara que está aqui sofreu muito. Confesso que é muito triste ver a equipe desse jeito: correndo, se esforçando e sem qualquer tipo de padrão de jogo.
Segundo tempo: A “vaca deitou”, restou apenas esperar o jogo acabar
No começo do segundo tempo, o Grêmio teve uma chance de empatar e foi com o meia Matheus Henrique, que estava livre na área. Na hora do chute, Marcelo Carné travou e assim o lance terminou.
Gabriel Chapecó precisou trabalhar e foi em um lance bem maluco: Paulinho Boia exigiu que o arqueiro trabalhasse. Logo aos 12, Matheus Henrique finalizou de fora da área e o goleiro adversário teve que fazer a defesa.
O Juventude ainda assistiu mais duas vezes, mas o placar acabou não sofrendo qualquer alteração. Tiago Nunes não mudou a equipe, porém fez o time trocar a postura e a equipe passou a jogar um pouco melhor.
Paulo Miranda acabou errando e deu o segundo gol para o Juventude, em um lance bem estranho. O zagueiro recuou uma bola ruim para o goleiro, Matheus Peixoto estava atento e tocou na saída do arqueiro gremista.
Daí para frente, a “vaca já estava deitada” e nada mais foi feito, apenas esperar o apito final e não dormir a noite. Toda derrota do Grêmio é como se o mundo acabasse, o sono some e no dia seguinte resta ter apenas as olheiras.
Tiago Nunes continua ou vai cair?
Essa é uma resposta que ninguém tem, mas de acordo com informações publicadas pelo GE e confirmadas pela Arena Gremista, isso não vai rolar. O presidente do Grêmio, afirmou que a postura precisa mudar.
A verdade é que Tiago Nunes tinha um grande trabalho de jogar na transição, ou seja, no contra-ataque puro. Propor jogo, como acontece no Brasileirão, é algo complicado para o técnico e por isso a equipe tende a não crescer.
Uma das melhores partidas foi contra o Santos e houve uma razão: a equipe de Vila Belmiro joga propondo jogo. Nesse cenário, foi a chance perfeita para que Tiago Nunes jogasse no contra-ataque, como ele gosta de fazer.
O clima não é bom e a próxima partida terá um peso grande, ou seja, pode ocasionar na demissão do treinador. Se isso vai acontecer ou não, apenas o tempo vai dizer e até agora não tem sido uma resposta positiva.
Tiago Nunes precisa aprender uma coisa: ele não está em um time que venceu poucos títulos. Estar no Grêmio é treinar o clube com mais Libertadores, ao lado do São Paulo e Santos, e não é para qualquer um.
Ele precisa acordar, respirar e mudar o repertório, jogar no contra-ataque às vezes e aprender a propor jogo. Enfim, esse pós-jogo termina pior do que começou e a razão é essa equipe, que pode mais e infelizmente não está rendendo.