
Imortal não joga bem, desperdiça uma oportunidade e se concentra para jogar contra o Santos
Quando Renato escalou a equipe, com certeza a ideia era de vitória, porque foi um mistão de muita qualidade. A escalação foi a seguinte: Vanderlei; Orejuela, Rodrigues, Kannemann e Cortez; Lucas Silva, Darlan, Matheus Henrique; Luiz Fernando, Pepê e Churín.
O Imortal vinha em uma campanha de ascensão, mas sofreu um baque na noite de Sábado. Nos embalos da noite, saiba que a partida de volta contra o Santos tomou proporções muito grandes e é preciso vencer a partida.
O tricolor gaúcho resolveu preservar os titulares e empatou com o Goiás, em uma partida relativamente fraca tecnicamente. Apesar de estar invictos por 18 jogos e ter essa invencibilidade, a realidade é que o jogo não foi bom.
O time gaúcho deixa o G-4, mas continua invicto e depende do desfecho da 25° rodada para seguir na vaga da libertadores direto. Nesse cenário, dá para terminar até em oitavo lugar e por isso é que o resultado não foi dos melhores.
Vou te contar a seguir as informações para que você descubra como a partida rolou e vou dividir em dois tempos. Então, vamos entender o que aconteceu no jogo e os motivos pelos quais o Imortal não venceu o Goiás.
Primeiro tempo: Chuta, chuta, chuta e não acerta o gol
Dos jogadores que começaram o jogo contra o Santos, apenas quatro titulares foram escolhidos por Renato. No Estádio da Serrinha, Vanderlei, Kannemann, Matheus Henrique o menino Pepê.
Por não ter entrosamento, poucos torcedores achavam que fosse rolar um espetáculo e acabou não rolando. Por outro lado, também não é desculpa para jogar tão mal e não saiu do lugar, como você viu dentro da partida.
A falta de entrosamento cobrou um preço alto e não trouxe a vitória, trazendo riscos até mesmo no começo. Para você ter uma ideia, no começo da partida Vanderlei já precisou trabalhar e evitar que o gol pudesse acontecer.
O goleiro precisou se esticar todo e acredite: por alguns segundos, a torcida achou que o gol sairia. No entanto, a realidade é que o Grêmio tomou conta do jogo, alugou o meio campo e começou a dominar o adversário.
O Goiás ficou encurralado e não sai de trás, afinal fez uma linha de cinco defensores e “estacionou o caminhão na entrada da área”. Em seguida, o Goiás obrigou o Imortal a chutar de longe e foram vários tiros.
Nessa hora, os “torcedores raiz” se lembraram de Arce e daqueles chutes perfeitos do meia Zinho. Entretanto, o time atual não tem grandes caras que chutam de longe, até devido ao volante Maicon não estar em campo.
Voltando ao jogo, aos 9, Orejuela passou muito perto de abrir o marcador e deu um belo chute cruzado. A bola passou perto da trave direita, mas não entrou e fez com que muitos torcedores achassem que fosse sair gol.
Alguns minutos depois, a bola repetiu o mesmo trajeto em cobrança de falta e foi um chute de Lucas Silva. Em seguida, Matheus Henrique mirou no outro canto, mas Tadeu, que não é santo, poderia ser chamado de São Judas.
A chance mais clara de gol foi em uma falta e Lucas Silva caprichou, enquanto todo mundo torcia para que a bola entrasse. Por estar atento, Tadeu operou outro milagre e desviou a bola pela linha de fundo.
Minutos depois, o volante foi acionado por Luiz Fernando e soltou a bomba, mas o chute foi para o alto. A bola passou por cima do travessão e não entrou, deixando o time empatado com o time de Goiás na Serrinha.
Pouco tempo antes do intervalo, os tricolores acharam que Churín sofreu com uma penalidade e que não foi marca. Contudo, não foi dado o pênalti e as equipes foram para o intervalo na igualdade de resultados, o 0 a 0.
Segundo tempo: Repeteco do primeiro tempo, mas Tadeu não deixava passar nada
Assim que o segundo tempo começou, o cenário não mudou em nada e começou a se repetir o que acontecia na primeira etapa. Darlar chutou muito forte e tentou surpreender Tadeu, mas nada aconteceu para mudar o placar.
Aos poucos, os goianos começaram a se soltar para o ataque e deram brechas na defesa – o que seria bom para o Grêmio. Todavia, o Imortal se soltou e começou a se infiltrar na área, porém o placar não seria mudado.
Matheus Henrique fez a infiltração na área e, por desequilibrar o zagueiro, o chute saiu para fora. Nessas horas, Renato deve ter se lembrando de como seria esse jogo em 1985, quando ele apavorava as defesas.
Aos 23, o Goiás teve uma chegada intensa e foi em cobrança de escanteio, em que David Duarte cabeceou rente ao travessão do goleiro Vanderlei. Com a partida mais aberta, a disputa ficou físico e com cartões para os dois lados.
Renato enxergou esse problema e começou a renovar a intensidade do time, mandando Ferreira e Thaciano no campo. Posteriormente, Patrick e Fabrício entraram, porém o destino da partida já estava selado.
O Imortal martelou até o fim e tentou, tentou, se esforçou e nada mudou, porque parece que a bola não estava entrando. O Goiás, que é o lanterna do campeonato, segurou o tricolor e não cedeu a pressão que o Grêmio fez.
O que vem pela frente?
A Libertadores pede passagem e o Grêmio precisa vencer o Santos para se classificar, porque o empate de 0 a 0 classifica o Santos. No entanto, um empate superior e 1 a 1 já classifica o Imortal para a semifinal da Liberta. Apenas o 1 a 1 é que leva o jogo para a disputa de penalidades máximas.
Renato deve escalar o time completo e vai complicar o jogo contra o Santos, já que o jogo de ida o Imortal ficou devendo. Resta apenas esperar e contar com a força máxima, porque o jogo demanda que exista esse cuidado. E, para finalizar, o Grêmio não jogou bem contra o Goiás e perde a chance.
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