Em jogo de dois times que jogam para frente, as defesas se sobressaem e o empate acontece.
Quando Sampaoli entrou fechado para jogar contra o Grêmio, na primeira rodada do Brasileirão de 2019, um aviso foi dado. Trata-se de saber como o Imortal se impõe na Arena e fica um aviso sobre o que aconteceu na partida.
O Imortal ficou devendo muito futebol, porém compensou com muita persistência para evitar a derrota no Brasileiro. A equipe perdia para o CAM e tudo mudou aos 30, quando Everton resolveu fazer o gol de empate.
Por mais que não tenha sido o cenário perfeito, afinal o resultado não feio, o cenário é de 16 jogos de invencibilidade no Brasileirão. O tricolor está em sexto lugar e tem 51 pontos e precisará vencer o próximo Grenal para sonhar.
É verdade que título brasileiro não seja uma meta clara e possível, porém é importante atrapalhar a vida do Inter. A seguir veja como foi o jogo e descubra os motivos pelos quais o Imortal está sem encantar no campeonato.
Primeiro tempo: Atlético ataca, Grêmio se defende e cria poucas chances de gol
Renato Portaluppi resolveu segurar Matheus Henrique, pois o jogador sofreu uma pancada no empate contra o Palmeiras. Nesse cenário, o técnico escolheu entrar com o 12° jogador e Thaciano foi mandado a campo.
O meio-campo foi formado por Jean Pyerre, Lucas Silva e Thaciano, dando mais consistência para enfrentar o adversário de Belo Horizonte. Lucas Silva voltava de lesão e mostrou os motivos pelos quais é considerado uma opção.
Do lado de Minas, Sampaoli colocou um terceiro zagueiro e a ideia era fechar mais a defesa, porém sem mudar o esquema. No papel até parecia uma linha de três, só que a realidade indicava Junior Alonso como um lateral esquerdo.
Guilherme Arana foi para o meio campo e a ideia era aproveitar o ponto forte do ala: a chegada ao ataque. O adversário começou com intensidade e usou o começo do jogo para tentar de todas as formas fazer um gol.
O Imortal segurou o Atlético-MG e não sucumbiu aos golpes, pois Renato saiba o que fazer para segurar Sampaoli. Em seguida, o Grêmio começou a tomar conta da partida e foi trazendo cada vez mais domínio para a partida.
As situações de gol não aconteceram e Diego Souza se perdia entre os zagueiros, enquanto Pepê tentava levar vantagem no um contra um. No entanto, a dificuldade estava presente e parecia que o jogo não deslanchava.
O Grêmio não conseguia criar, mas o Atlético tocava e não chegava do gol, fazendo Vanderlei não trabalhar. A equipe de Minas, passou a apostar nos contra-ataques e em passes longos, pois a ideia era aproveitar a velocidade.
Os atacantes não conseguiam nada e o jogo estava equilibrado, chato e diferente daquilo que era planejado. Em partidas assim, um erro custa caro e pode fazer com que o adversário consiga sair na frente, não é mesmo!?
Aos 29, Thaciano tentou um recuou de cabeça para Victor Ferraz e acabou errado, dando no pé de Keno. O atacante usou a sua velocidade e tocou para Vargas, que deu um toque de calcanhar e deixou Arana dentro da área.
Thaciano errou outra vez e acabou derrubando o jogador adversário na área, causando um pênalti. Hyoran bateu muito forte e acertado o canto, vencendo Vanderlei e o goleiro até tentou, porém foi impossível de chegar na bola.
Aos 31 minutos, o Imortal tomava um gol e o Atlético, como Sampaoli já fez contra o Grêmio, recuou bastante. O Tricolor saiu para cima, tentou de tudo e tentou no abafa empatar, mas Éverson não precisou fazer uma defesa.
O Atlético-MG, assim, não precisou de qualquer dificuldade para levar vantagem para o intervalo. Renato precisaria trabalhar, acordar o time e fazer a equipe empatar, buscando, em seguida, o gol de virada.
Segundo tempo: Victor Ferraz dá espaço, CAM não aproveite e o Imortal empata no fim
O técnico resolveu manter o mesmo time e não mudou o time para o segundo tempo, confiando nos jogadores. Por outro lado, Sampaoli resolveu deixar o fime mais rápido e colocou Gabriel no lugar de Réver, mudando a formação.
Guilherme Arana voltaria para a lateral e Keno teria total condição de apenas atacar, aproveitando a Avenida. Inclusive, se você acompanha a Arena Gremista sabe que Victor Ferraz é uma avenida para os adversários.
A ideia era deixar Keno nas costas de Ferraz, já que o lateral é um “Doberman” atacando e um “São Bernardo” defendendo. Essa ideia quase foi transformada em gol e apenas aos 10 minutos é que Vanderlei trabalhou.
Keno ganhou na velocidade e cruzou para Vargas, o bom atacante chileno bateu forte e Vanderlei operou um milagre. Renato não teve mais dúvidas e resolveu mudar a equipe para trazer algo novo na partida.
Lucas Silva e Thaciano saíram, enquanto Maicon e Pinares entraram, dando mais ofensividade para a equipe. Jean Pyerre, novamente, estava com muito sono e o time sofria com a falta de criatividade da equipe.
O técnico gremista mudou o ataque e colocou Ferreira no lugar de Alisson, porque a ideia era dar profundidade ao time. Ao mesmo tempo, Pepê saiu e entrou Luiz Fernando, dando um ar diferente para a equipe.
Victor Ferraz saiu e entrou Everton, uma alteração em que Renato se tornaria o cara dentro da partida. Afinal, aos 39, Everton aproveitou o “bate e rebate” e mantou a bola para dentro do gol, sem chances para Éverson.
O resultado fez com que o Grêmio tentasse outras jogadas e até tivesse chance, mas nada além disso. Sampaoli não mudou mais a equipe adversária e o resultado acabou sendo o que todo mundo já conhecia: o empate.
O Imortal tem um jogo contra o Inter e que é um campeonato a parte, como você já sabe. Contudo, esse é um assunto para outro dia e o que vale mesmo, além da rivalidade, é levantar a taxa de Copa do Brasil.